A Basílica Velha de Aparecida do Norte (SP) foi inaugurada, após as primeiras ampliações, em 1888.
Em 1985, 2 anos após o tombamento pelo Condephaat, a Igreja passou por uma reforma sem projeto aprovado no Condephaat. Nesta reforma foi feita uma repintura, que cobriu grande parte da arte mural da capela do Santíssimo, que havia sido pintada por Irmão Bento e Irmão André em 1904, conforme projeto enviado da Alemanha pelo artista sacro redentorista Maximilian Schmalz.
Santuário Nacional tombado como patrimônio cultural pelo Condephaat passou por um amplo restauro, no qual colaboramos.
Nossa equipe desenvolveu o projeto inicial, com um levantamento e diagnóstico para a restauração, que posteriormente foi entregue à equipe das restauradoras Cristiana Cavaterra e Cláudia Rangel.
Após complementar o estudo inicial, esta profissional obteve a aprovação das obras de Restauro no Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, condição necessária para o começo dos trabalhos.
Convidados pelo administrador da Basílica, Pe. Darcy Nicioli, elaboramos a etapa inicial do projeto de restauração; um levantamento amplo, com diagnóstico detalhado das pinturas murais, propondo estratégias de restauro para os diferentes materiais: alvenarias, madeiras, pinturas murais, pisos, azulejos, vitrais, forro etc...
Este trabalho originou um fascículo de levantamento do estado da Basílica, disponível em nosso atelier.
O projeto original das pinturas murais para a Basílica Velha foi elaborado pelo Irmão Redentorista Maximilian Schmalz, que o enviou da Alemanha. São de sua autoria também o missal com iluminuras e os quadros da Via Sacra. Estes projetos foram executados na Basílica pelos religiosos pintores Ir. André Speer e Ir. Bento (Joseph) Hübl, ambos alemães, em 1904.
Irmão Bento é também autor de dezenas de imagens de santos, hoje no Museu dos Redentoristas, situado ao lado da Basílica.
Na foto ao lado vemos do lado direito a decapagem que nos permite ver os motivos originas, e do lado esquerdo a pintura de 1985, grosseira e brilhante, com aglutinante moderno, com tudo de pejorativo que comporta a palavra moderno, quando aplicada à arte mural.
O projeto de pesquisa histórica e de análises preliminares de camadas de pintura foi feito pela equipe do atelier Prata.
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