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Projeto de Restauração da Capela da Madre Paulina

A primeira Santa Brasileira, Madre Paulina do Coração Agonizante de Jesus, foi canonizada no dia 19 de maio pelo papa João Paulo 2º.

Entre 1909 e 1918, Madre Paulina residiu em Bragança Paulista (SP). Durante o primeiro ano de sua estadia na cidade, ocupou o quarto situado ao lado da capela da Santa Casa de Misericórdia de Bragança Paulista, enquanto aguardava a conclusão do prédio do Asilo, construído por sua Congregação. 

Foram anos marcados pela oração, pelo trabalho e pelo sofrimento, tudo aceito para que a sua Congregação se desenvolvesse e segundo suas palavras para que "Jesus fosse conhecido, amado e adorado por todos e em todo o mundo".

Equipe de restauro:  Nirceu Helena, Clayton Caner e Sérgio Prata. Aprendiz: Keile.


 

Fazendo a análise estratigráfica, detectamos pinturas antigas: A primeira pintura, a exemplo de grande parte das capelas e igrejas antigas do Brasil, é de um azul claro, a cor de Maria.

REFACEAMENTO DAS CAMADAS PICTURAIS

As escamações da camada pictural são umidificadas para tornarem-se maleáveis e elásticas. 

As escamações são refaceadas, ou seja, recoladas sobre o suporte com cola reversível.

Aguarde o lançamento do vídeo Técnicas de Restauração: este é um projeto em andamento, preparado com o auxílio de restauradores. 

 

O papel com cola reversível é colocado sobre as escamas, reposicionando a camada pictural em seu lugar.
Após a secagem, os papéis são umedecidos e retirados, graças à reversibilidade da cola.

A reintegração pictural pode então ser feita.

 

RESTAURAÇÃO DOS FALSOS MÁRMORES

Iniciamos a limpeza do verniz oxidado, limpando décadas de poeira acumuladas sobre o verniz, que impediam a leitura da cor correta do faux-marbre. 

Na foto podemos perceber nitidamente a diferença entre as cores do verniz oxidado e do falso mármore original, que terá sua camada pictural faltante reintegrada. 

Ao lado vemos aspecto da parede restaurada, com seus falsos mármores reintegrados.

Agosto de 2004. 

 

 

 

 

 

 

 

REINSERÇÃO DE ARGAMASSAS E CAMADAS PICTURAIS 

ANTES DO RESTAURO
Os pedreiros em geral não sabem que nas argamassas antigas não existia cimento. 
Na foto acima, podemos ver como a acidez da argamassa de cimento afetou a pintura mural. 

DEPOIS DO RESTAURO
Retiramos o cimento, inserimos a argamassa na técnica antiga, e reconstituímos a pintura na técnica contemporânea de restauro por cera emulsionada, de aspecto opaco e estabilidade química e ph básico.

 

RESTAURAÇÃO DE ARGAMASSA DE ALVENARIA, PINTURA MURAL E FALSO MÁRMORE SOBRE MADEIRA.

Os cupins e a umidade do solo freqüentemente atingem os rodapés de madeira. A solução foi tratar a alvenaria com descupinização, reinserir e reestruturar as partes faltantes, que receberam pintura em cera emulsionada, na técnica utilizada atualmente em Florença. 

 

 

 

 

 

 

 

O rodapé foi feito por marceneiro no mesmo formato do original, e o falso mármore original foi reconstituído por nossa equipe.  Na foto, vemos o aspecto da restauração da pintura mural e do rodapé. 

 

 

O provedor Sr. José Álvaro Leme acompanhou as obras e zela pela Santa Casa.

 

UM POUCO DE HISTÓRIA:

A primeira santa brasileira nasceu em 16 de dezembro de 1865 na pequena cidade italiana de Vigolo Vataro e foi batizada de Amabile Lucia Visintainer.

Ela chegou ao Brasil em 1875, quando ainda era criança, acompanhada dos pais, Antonio Napoleão Visintainer e Anna Pianezer. Tinha 14 irmãos: nove homens e cinco mulheres. Morou com a família no Estado de Santa Catarina.

Aos 25 anos, deixou a casa dos pais e, na companhia de Virginia Nicoladi, foi morar em uma pequena casa para cuidar de uma senhora com câncer. Como enfermeira, trabalhou por cerca de dez anos em Bragança Paulista.
Sofrendo de diabetes, em 1938 teve o braço direito amputado e chegou à cegueira total.
Ela morreu em 9 de julho de 1942. Pouco antes de falecer, madre Paulina disse "seja feita a vontade de Deus", segundo as autoridades católicas.

 

Agradecimentos: 
Provedor José Álvaro Leme, Maurício Cestari, Enir Acedo e aos demais membros e benfeitores da Santa Casa de Misericórdia de Bragança Paulista (SP).

Restaurador Nirceu Helena

 

 

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