"Uma fé que não se torna cultura é uma fé que não foi plenamente acolhida, não foi totalmente pensada, não foi fielmente vivida" João Paulo II, Carta, 20/05/1982
do CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA Ed. Loyola, Junho de 2003
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A arte de fato é uma forma de expressão propriamente humana: acima da procura das necessidades vitais comum a todas as criaturas vivas, ela é uma superabundância gratuita da riqueza interior do ser humano. Nascendo de um talento dado pelo Criador e do esforço do próprio homem, a arte é uma forma de sabedoria prática, que une conhecimento e perícia para dar forma à verdade de uma realidade na linguagem acessível à vista e ao ouvido.
A arte inclui certa semelhança com a atividade de Deus na criação, na medida em que se inspira na verdade e no amor das criaturas.
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A arte sacra é verdadeira e bela quando corresponde por sua forma, à sua vocação própria: evocar e glorificar na fé e na adoração, o Mistério transcendente de Deus, beleza excelsa e invisível de verdade e amor, revelada em Cristo, “resplendor de sua glória, expressão de seu Ser”.(Hb 1,3), em quem “habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2,9), beleza espiritual refletida na Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus, nos anjos e santos. A arte sacra verdadeira leva o homem à adoração, à oração e ao amor de Deus Criador e Salvador, Santo e Santificador.
2503 Por isso devem os bispos, por si ou por delegação, cuidar de promover a arte sacra, antiga e nova, sob todas as formas, e afastar, com o mesmo zelo religioso, da liturgia e dos edifícios de culto, tudo o que não se harmoniza com a verdade da fé e a autêntica beleza da arte sacra.
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As artes, mas sobretudo a arte sacra, têm em vista, “por natureza, exprimir de alguma forma nas obras humanas a beleza infinita de Deus e procuram aumentar seu louvor e sua glória na medida em que não tiverem outro propósito senão o de contribuir poderosamente para encaminhar os corações humanos a Deus”.
De 1536 a 1541, Michelangelo pinta os afrescos do Juízo Universal na Capela Sistina. Nada melhor que suas próprias idéias sobre pintura para definir essa obra e o homem que a criou:
"A boa pintura aproxima-se de Deus e une-se a Ele... Não é mais do que uma cópia das Suas perfeições, uma sombra do Seu pincel, Sua música, Sua melodia... Por isso não basta que o pintor seja um grande e hábil mestre de seu oficio. Penso ser mais importante a pureza e a santidade de sua vida, tanto quanto possível, a fim de que o Espírito Santo guie seus pensamentos..."
O artista estudou teologia da imagem e iconografia cristã, nas diversas comunidades e movimentos da Igreja, nos vários países por onde passou. Pesquisa arte sacra há décadas, tentando inovar a cada novo projeto.
HISTÓRICO EM ARTE SACRA
A viagem pela Itália e Grécia (1981) despertou grande interesse do jovem estudante pelos afrescos e ícones sacros.
Enquanto dedicava-se aos estudos na Escola Nacional Superior de Belas Artes de Paris (1981-86), onde especializou-se em Técnicas de Pintura, desenho e afrescos, Prata pintou sua primeira capela, para uma comunidade Assuncionista, ao sul de Paris, onde viveu por um ano.
Nos primeiros 10 anos de carreira, o artista plástico dedicou-se à realização de retratos, gravuras, esculturas, pinturas, afrescos e painéis. Após a pintura de 3 pequenas capelas, Sérgio Prata teve finalmente a chance que tanto esperava: Dom Bruno Gamberini ofereceu a primeira Igreja ao artista, inaugurando a trajetória de sucesso do artista sacro, em outubro de 1996.
A partir de então, Sérgio dedicou-se a criar centenas de metros quadrados de arte sacra, em várias técnicas, servindo, com suas obras e criações, as decorações de Capelas, Igrejas e de uma Catedral. Participou também de projetos de restauração da Basílica Nacional e de uma Basílica Menor, e de outras capelas e Igrejas.
As pinturas sacras trifásicas do artista tornaram-se conhecidas pelo público internacional na Bienal do México.
A pesquisa do artista, em iconografia Bizantina, o levou a seguir um curso no atelier d´iconographie Saint Luc de
Paris, em 2002, e a visitar atelieres de monges iconógrafos em dezenas de mosteiros da Grécia, em 2008.
Todo iconógrafo deve pintar uma Transfiguração para ser reconhecido como tal. Sérgio Prata pintou a sua versão, inserindo pigmentos fosforescentes e irisdicentes no corpo do Cristo luminoso. O painel monumental em encáustica mede 6 metros de largura por 12 metros de altura.
"Transfiguração", 72 m2. Igreja Nossa Senhora do Amor, da Universidade do Vale do Paraíba, no bairro Urbanova em São José dos Campos. O conjunto de obras sacras da Univap contou com o apoio do Reitor Prof. Dr. Baptista Gargione,
Arquiteto Paulo Sophia e de Dom Nelson Westrupp.