Os vitrais para a Igreja São José de Itaipulândia (PR) foram realizados em somente 15 dias.

O vitral começa por um desenho esquemático, que prevê o corte dos vidros, e leva em consideração as linhas do chumbo, na composição.

Os lindos vidros importados são cortados pelo artista, no tamanho dos moldes do vitral. Cada peça recebe a pintura em grisalha francesa, nas técnicas da blaireautage, putoisé e de retiradas de luzes. As linhas são pintadas com os pincéis lineadores de pelo de marta Kolisnky da Raphael. A queima para a fundição das grisalhas é feita no forno do atelier. Esta operação deve ser repetida em alguns vidros, para a modulação da luz e tonalidades, sobretudo nas peças que recebem a pintura da anatomia das mãos, pés e dos rostos.

Em seguida, as peças vão para a mesa de montagem, recebendo o perfil de chumbo, em um procedimento detalhista, milimétrico. Uma vez montado, as baguetes de chumbo são soldadas.

O estudo para o vitral, e o vitral realizado.

Trata-se de um cuidadoso ofício, que exige concentração, inspiração, perfeccionismo e amor à arte.

Detalhe de São José com o menino Jesus.

Fazendo vitrais na técnica secular e tradicional, contemplamos a beleza da luz, que atravessa os belíssimos vidros coloridos. A espiritualidade transparece em forma de cromatismo vivo.

A fisiologia das cores age sobre nós durante todas as etapas do processo de fabricação, e agirá sobre os observadores destas obras. A luz variante nos faz redescobrir as obras, nos belos temas sacros que abordamos.

Detalhe dos anjos músicos, na mesa de montagem, em março de 2012.

Detalhe do anjo flautista, março de 2012, de vitral para Igreja São José de Itaipulândia (PR), Brasil.

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