livro técnicas de pintura  
afrescoaquarelaencausticatemperaoleoacrilicoalquidicocaseinavitraliconesoutras

sumarioamarelos
azuisbrancos
pretosterrasvermelhosverdes

Colaboradores
Fornecedores











Pigmentos terras

fotoSão cores que suportam as demais cores, valorizando as cores mais fortes. Podem migrar, através de um movimento interno, devido à falta de estabilidade.

Exercem poder escurecedor para aquele que observa. Cor da terra, caule das plantas, modela o corpo humano, dando a sensação do calor.

 

Estão entre os vermelhos e pretos. Quando empregado na sombra, não excita. As Terras têm tendências para o verde, vermelho ou preto, por isso, são difíceis de empregar.

As terras empregadas pelos pintores rupestres nas grutas de Lascaux (Dordonha, França) possuem manganês.

 

 

 

 

 

 

TERRA DE SOMBRA NATURAL
Dióxido de manganês, secativo, óxido de ferro e silicato de alumínio. Varia entre o verde oliva marrom e amarelo marrom, segundo as proporções de óxido de ferro e de manganês nas terras argilosas. Mistura-se com todos os pigmentos. A melhor qualidade vem do Chipre.

Cor migratória. Com o tempo, o quadro torna-se obscuro a partir do local onde a Terra de Sombra foi colocada, no óleo, onde tem a tendência de escurecer 70%. Estável na luz e afresco interno.

No externo, degrada-se. Compatível com todos os pigmentos e aglutinantes. Colorante forte, sem transparência. Seu uso, assim como de outros pigmentos de Terra Natural, no afresco, depende da qualidade do pigmento, podendo alterar-se, devido à presença de substâncias orgânicas como o ácido húmico.

foto

TERRA DE SOMBRA QUEIMADA
Ferro e magnésio. Colorante mais forte do que a Terra de Sombra Natural. Um pouco transparente. Poder de cobertura bom. Compatível com pastel, cola, caseína, óleo. As Terras Queimadas (Siena e Sombra) são mais puras e oferecem menos inconvenientes que as Naturais. O fogo purifica tudo. As Terras Queimadas não ocasionam problemas no afresco, devido à sua purificação.

 

TERRA DE SIENA (natural)
Óxido de ferro hidratado, com sílica, alumina e dióxido de manganês, no óleo escurece rapidamente. Usada no afresco, têmpera e aquarela. Conhecida desde os tempos antigos. A tonalidade sombria é devida à presença de silicatos. Ataca a Laca de Garâncio. Originária de Siena, na Toscana, Itália. Boa transparência. Pouca cobertura e altera-se muito sob o verniz.

 

 

 

TERRA DE SIENA QUEIMADA
Ácido silícico e óxido de ferro, calcinado. Pigmento natural tornado vermelho pela calcinação. Óxido de ferro amarronzado, contendo silicatos e argilas. Absorve muito óleo, de 45 a 200%, onde é secativo. Algumas Terras de Siena escurecem-se no óleo. Compatível com todos os pigmentos, exceto com o Azul de Cobalto, na aquarela.

Poder colorante e de cobertura muito fortes. É a cor de terra mais intensa e permanente em todas as técnicas, estável à luz e atmosfera. A calcinação a liberta de impurezas. Pigmento bom para o glacis (veladuras), cobre melhor que a Terra de Siena Natural e cria grande riqueza de nuances, quando misturada com outras cores. Bom para todas as técnicas: caseína, encáustica, cal etc...

 

TERRA VERDE QUEIMADA
Óxido duplo de ferro, contendo silicato. Varia segundo a concentração de ferro. Quando calcinada, pode transformar-se em vermelho. Conhecida desde a antiguidade. Muito fina. Estável em diversas técnicas; caseína, têmpera, óleo, cal, rara em aquarela. Compatível com todos os aglutinantes. Colorante e cobertura fracas. Absorção de óleo: 50%. Não é tóxica. Pigmento quase desaparecido.  

fotoTERRA DE KASSEL (Van Dyck)
Prepara-se, submetendo a Terra de Sombra Natural em procedimento de suspensão para livrá-la das substâncias minerais estranhas que a acompanham, combinada com a soda cáustica quente e potássio. Bem lavada e reduzida a pó, se fabrica o extrato de Kassel. Mais sombrio e frio que a Terra de Sombra Queimada.

Carbono que não terminou de reagir com o oxigênio. Produto ruim, pois muda facilmente, captando a umidade do ar. O quadro a óleo não seca; a migração pode acontecer em dois dias, tornando-se castanho escuro. Foi imitada com a mistura de pigmentos contendo ferrocianeto de cobre, pó de carvão e óxido de zinco. Deve ser evitada, devido à pouca resistência à luz e instabilidade.

BISTRE
Variedade de carbono de madeira, obtida a baixa temperatura e purificada com lavagens repetidas na água. Fuligem calcinada, marrom profundo com nuance amarela, ou de Sombra Queimada. Utilizado no século XVII. Rembrandt criou desenhos com bistre. Podemos colhê-lo em uma chaminé e misturá-lo com um aglutinante.

Utilizado principalmente em desenho, pois sua mistura com o óleo (betume), não seca. Não é estável à luz. Utilizado em tintas solúveis, não resistentes à luz. Em crayon, encontramos o Bistre de manganês (cloreto de manganês II). O Bistre mineral é o óxido de manganês hidratado.

 

Acima: maceração de um pigmento.

 

SÉPIA
É um colorante natural animal, líquido, de camuflagem de um cefalópode, cujos sacos de tinta são suspensos no ar para secagem. Melanina - matéria protéica das células pela oxidação da tirosina. Relativamente pálido, usado para escrita na antiguidade.

No século XVII, descoberto por cientista alemão, colorante + hidróxido de cálcio, precipitados em ácido hipocloroso, obteve concentração maior. O Sépia pode passear em direção ao marrom, preto ou violeta. Válido na aquarela, muito agradável aos olhos e no manuseio, mas não é estável à luz, desaparecendo com o tempo. Muito usado em tintas líquidas no séc.XVIII e no fim do XIX em pintura, utilizado nas épocas românticas.

site do artista Atelier Prata - Tel 55 11 4035-2057 - Cel 55 11 99597-0275 - artista@sergioprata.com.br