É cor da natureza por
excelência, lembra vegetação. Transmite calma, frescor (suportamos
melhor o calor quando estamos na natureza). É atrativa, sem ser
excitante. Composto pela mistura das cores primárias: amarelo e azul
que, quando bem ajustadas, transmitem serenidade. Possui a vibração da
individualidade, representa as possessões pessoais e riqueza. Manifesta
a essência das coisas. Pode ser pesado e sujo, como no Verde Musgo
escuro, onde denota ciúme, inveja e egoísmo. Pode ser alegre e saudável
como no Verde Inglês.
VERDE ZINCO (AZULADO
E MÉDIO)
Transparente, fino,
resistente, compatível com todos os aglutinantes e pigmentos, conhecido
desde o séc. XIX.
VERDE INGLÊS 1, 3, 5
Cromato de chumbo,
ferrocianeto ferroso. Cores compostas, cuja estabilidade depende das
cores de base. Instáveis no afresco.
VERDE COBRE (Malaquita)
Hidróxicarbonato de
cobre - Cu2(CO3)(OH)2. Azulado e transparente, também conhecido por Azul
Montanha ou Verditer. Conhecido desde a antiguidade, no Egito, é o mais
antigo pigmento verde mineral conhecido. Utilizado até o
século XVII. Resistente, compatível com os aglutinantes da têmpera,
aquarela, óleo e afresco. Tóxico. Em presença de gases sulfurosos, forma
sulfeto de cobre (preto).
VERDE CROMO
Óxido de cromo anídro
(Cr2O3). O método tradicional de obtenção consiste em calcinar o metal
em oxigênio ou aquecer o dicromato de amônio (NH4)2 Cr2O7 e obter Cr2O3
+N2 + H2O. Vauquelin descobre o metal em 1797 e em 1862 surge como
pigmento para artistas. Tom intenso e quente. Estável e cobre bem.
Opaco. Escurece pelo contato com gases sulfurosos. Incompatível no
afresco, torna-se azul à luz forte. Deve ser evitado na palheta, devido
à sua toxicidade. É absorvido por via oral, cutânea ou respiratória. A
assimilação no organismo depende do estado de oxidação. É armazenado nos
pulmões, pele, músculos e tecido adiposo. Cr+2 e Cr+3 são pouco tóxicos.
O Cr+6 é muito tóxico.
EMERAUDE (Viridian)
Óxido de cromo
hidratado, Cr2O3.2H2O. Descoberto em 1838 por Pannetier e Binet.
Patenteado por Guimet. Cobre pouco. Mais aconselhado para o glacis,
devido à sua transparência. Mistura-se bem. Tonalidade fria. Brilhante e
transparente. Puro. Grãos grandes e irregulares. Compatível com todas as
técnicas.
VERDE ESMERALDA (Verde de Paris, Veronése, Mineral ou de Schelle).
Acetoarseniato de
cobre - Cu3As2O8 e acetato de cobre - Cu(CH3COO)2. Verde Azul brilhante.
Escurece em presença dos gases sulfurosos da atmosfera e em presença de
outros pigmentos. Usado no óleo. Descoberto na Alemanha por W.Sattler,
em Schweinfurt 1814. Não é resistente. Incompatível com têmperas e
afresco. Composto de cobre, ácido acético, arsênio e carbonato de sódio.
Tóxico, deve ser evitado. Os sais solúveis de arsênio são absorvidos
pelas mucosas, vão para o sangue e se depositam principalmente no
fígado, rins, pulmões, cabelos e ossos.
VERDE PERMANENTE
Mistura de duas cores
de origem diferente: Azul de Paris com Amarelo de Cromo e Verde
Esmeralda com Amarelo de Zinco (cromato de zinco).
VERDE COBALTO
O verdadeiro é
composto de óxido de zinco (ZnO) e de cobalto (CoO). Descoberto por
Rinmann em 1870, industrializado no final do mesmo século. Cobre bem e
pede muito aglutinante. Transparente nos tons escuros. Estável,
resistente, empregado nas diferentes técnicas. Resistente aos meios
alcalinos (afresco e encáustica).
TERRA VERDE (de
Verona ou da Boêmia)
Decomposição de
rochas como o basalto e a melafira (Chipre, Itália, Tchecoslováquia). O
silicato de ferro é seu principal colorante. Utilizado desde a
antiguidade, a melhor Terra Verde: a de Verona. Pede muito aglutinante.
Difícil de usar, no estado puro, na têmpera de ovo. Cobre pouco, mas
serve para dar harmonia aos tons. Resistência total exceto para
cerâmica. A cor varia com a procedência. É um dos mais antigos pigmentos
usados na pintura.
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